De cabeça erguida e observando a plateia, Jair José Almeida enfrentou o julgamento em Pacajá, no sudoeste do Pará, nesta quarta-feira (28). Após quase 10 horas de sessão, recebeu a notícia de sua absolvição dos jurados, enquanto familiares e amigos assistiam ao desfecho. O júri popular atraiu a atenção da cidade de Pacajá, que aguardava desde o ano passado uma conclusão sobre o assassinato do fazendeiro Kleiton Moreira Leite.
As investigações revelaram que Jair estava no carro no momento do crime e indicaram que a motivação foi uma disputa por uma área de pasto. Kleiton havia adquirido a propriedade onde Jair e seu filho alugavam o pasto. Mensagens de texto fornecidas pela família mostram que a vítima havia solicitado a remoção do rebanho, mas o pedido foi ignorado, e o crime ocorreu alguns dias depois.
A comunidade se mobilizou, com familiares e amigos acompanhando todo o julgamento. Faixas e até um banner com a foto de Kleiton foram colocados em frente ao fórum, clamando por justiça. A equipe de jornalismo da Vale do Xingu descobriu que os advogados de defesa de Jair apresentaram um vídeo que supostamente comprovava que ele não poderia estar na propriedade de Kleiton no dia do crime.
Com base nas evidências apresentadas, o júri popular decidiu absolver os réus, Jair José Almeida e seu filho, Jailson Almeida, que, embora considerado foragido, compareceu à audiência. Após o veredicto, a família está profundamente abalada e não se sente em condições de comentar o caso.
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