Um oficial de Justiça que trabalha no Fórum de Novo Repartimento, sudeste do Pará, foi vítima de latrocínio, que é roubo seguido de morte. O crime aconteceu no final da manhã desta quarta-feira (29) no bairro Aparecida
A vítima foi identificada por Clayton Nazaré do Socorro Martins Mesquita, de 46 anos. Segundo informações da polícia, dois suspeitos em uma motocicleta vermelha teriam abordado a vítima que estava em uma outra moto anunciando um suposto assalto. O Oficial então teria reagido a abordagem dos criminosos, eles trocaram tiros e a vítima acabou baleada.
Os criminosos roubaram um cordão de ouro, incluindo a arma que Clayton estava portando. A vítima não resistiu e acabou morrendo ainda no local do crime.
A Polícia Civil segue em diligências para localizar os dois suspeitos do assassinato e as investigações seguem em sigilo. Qualquer denúncia que possa ajudar a polícia pode ser feita através do 181 ou 190 sem precisar se identificar. O Sindicato dos Oficiais de Justiça e Oficiais de Justiça Avaliadores do Pará (Sindojus), lamentou a morte do profissional através de nota e relatou os desafios que os Oficias de Justiça enfrentam na função. Leia na íntegra:
"É com profunda tristeza, que o Sindicato dos Oficiais de Justiça do Pará, confirma o assassinato do Oficial de Justiça CLAYTON NAZARE DO SOCORRO MARTINS MESQUITA, lotado em Novo Repartimento. Ao tomar conhecimento do fato, imediatamente os diretores saíram em diligência no sentido de identificar a autoria do crime. Diversos setores do Tribunal de Justiça do Pará entraram em contato para prestar apoio, inclusive o Juíz da comarca, Dr. José Jonas Lacerda. O serviço de inteligência do estado já foi acionado para ajudar na elucidação do crime. Ser Oficial de Justiça no Pará, vai além de um desafio, sendo um ato heróico, principalmente na região onde aconteceu o crime. Diversas comarcas contam com pouco efetivo policial, pouca ou nenhuma estrutura para o desenvolvimento da função. Existem mandados judiciais cujo cumprimento da ordem pode superar os 600 km de distância da sede. Mesmo com essa distância, o Oficial de Justiça somente conta com a caneta e a sorte para cumprir todos os tipos de mandados, inclusive de prisão, busca e apreensão e medidas protetivas. Infelizmente o Poder Judiciário não reconhece o Oficial de Justiça como um agente que sofre exposição diariamente. Cumprir ordem judiciais gera conflitos a todo momento, estando o Oficial de Justiça suscetível à fúria da sociedade. O Poder Judiciário através do seu órgão administrativo, Conselho Nacional de Justiça, deve desenvolver políticas de segurança e aparelhamento dos Tribunais de todo país, inclusive com equipamentos de proteção individual e serviço de inteligência. A morte do oficial de justiça Clayton não pode ficar apenas na estatística, o Oficialato de todo o país tem que cobrar uma resposta dos órgãos competentes. Deixamos através dessa nota, toda a solidariedade aos familiares e amigos do colega Clayton Martins e o sentimento de pesar de toda categoria do Brasil. Que Deus receba o Herói, Clayton Martins, Oficial de Justiça do Tribunal de Justiça do Pará, que tombou no estrito cumprimento do dever legal."
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