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Evento “Hidrelétricas na Amazônia: e depois?” discute com população local, autoridades e pesquisadores as mudanças e os impactos sociais e econômicos em Altamira, no Pará

Foram analisados os impactos sociais e ecológicos da construção de hidrelétricas na Amazônia, envolvendo mais de 4 mil pessoas das proximidades dos rios Xingu e Madeira

06/09/2024 às 09h04
Por: Eduardo Veiga
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Evento “Hidrelétricas na Amazônia: e depois?” discute com população local, autoridades e pesquisadores as mudanças e os impactos sociais e econômicos em Altamira, no Pará

Em setembro, os resultados de mais de 10 anos de pesquisa sobre os impactos da construção de hidrelétricas na Amazônia serão apresentados em evento na Universidade Federal do Pará – Campus Altamira no dia 9 de setembro. Intitulado “Hidrelétricas na Amazônia: e depois?”, o evento vai reunir pesquisadores, representantes de comunidades ribeirinhas e indígenas impactadas pelas hidrelétricas e autoridades.

Com o evento, os pesquisadores buscam dar um retorno às comunidades envolvidas no projeto, como populações locais, formadores de políticas públicas das várias esferas governamentais (municipal, estadual e federal) e comunidade científica – contribuindo para um futuro mais justo e sustentável para a Amazônia.

“Ao todo, são mais de 10 anos de estudos científicos em várias áreas do conhecimento com um objetivo comum: investigar os impactos sociais e ecológicos da construção de hidrelétricas na Amazônia. Foram consultadas mais de 4 mil pessoas nas duas localidades (Porto Velho e Altamira) e proximidades – entre entrevistas estruturadas, semiestruturadas e em profundidade, e oficinas participativas”, explica Emilio Moran, coordenador do projeto, da Universidade Estadual de Michigan (EUA) e da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A capital de Rondônia também receberá o evento, no dia 4 de setembro, na Universidade Federal de Rondônia (Unir).

 

A pesquisa

A pesquisa teve início em 2013, com o objetivo de analisar os impactos da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte, no Pará. Com o avanço do estudo, a investigação foi renovada em 2020 numa segunda fase com o nome “Depois das hidrelétricas: processos sociais e ambientais que ocorrem depois da construção de Belo Monte, Jirau, e Santo Antônio na Amazônia Brasileira” – incluindo as hidrelétricas do rio Madeira. A segunda fase do projeto examinou os impactos 5 a 10 anos após a finalização das construções dessas três usinas.

Buscou-se responder a questões importantes sobre o legado deixado pelas hidrelétricas na Amazônia, como, por exemplo, (1) qual o efeito do declínio populacional após o crescimento explosivo durante a construção das hidrelétricas; (2) como as barragens afetam a pesca, os pescadores e a biodiversidade local; e (3) qual o impacto sobre o uso e cobertura da terra pelas populações locais.

O estudo foi realizado através da iniciativa São Paulo Excellence Chairs (SPEC), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) e contou com uma equipe interdisciplinar de mais de 20 pesquisadores de várias instituições.

 

Importância do evento para Altamira

O evento busca incentivar políticas públicas baseadas em evidências científicas que considerem as populações tradicionais e urbanas impactadas pelos grandes empreendimentos hidrelétricos. Ao promover esse evento, amplitude da pesquisa e sua devolutiva, espera-se fortalecer o diálogo entre a comunidade científica, as populações impactadas e as autoridades, contribuindo para um futuro mais justo e sustentável para a Amazônia.

 

Serviço

Evento “Hidrelétricas na Amazônia: e depois?”

Quando? Altamira (9/09)

Onde? Auditório da UFPA (manhã) e Cantina do Campus I da UFPA (tarde), a partir de 9h

 

Contatos para mais informações e agendamento de entrevistas

Vanessa Brasil (assessoria de imprensa da pesquisa e do evento): (91) 98833-6977 | [email protected]

E-mail de apoio: [email protected]

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Sobre o município
Altamira é um município brasileiro localizado no estado do Pará. Foi fundado em 1750 e emancipado em 6 de novembro de 1911. Possui uma área total de 159 533,328 km² e sua população, estimada pelo IBGE em 2020, era de 115 969 habitantes.
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