Neste domingo (11), uma operação policial em Uruará, no sudoeste do Pará, cumpriu cinco mandados de prisão preventiva contra suspeitos de pertencer a uma facção criminosa envolvida em tortura e associação criminosa. A vítima foi a usuária de drogas Joelma Alves Carlos. A operação, chamada AKÃ, foi conduzida pela Delegacia de Polícia Civil de Uruará, com o apoio da Delegacia Seccional de Altamira, no Pará. Esta fase da operação visou prender os integrantes da facção, conforme mandados expedidos pelo juízo da Comarca de Uruará, relacionados a crimes contra Joelma Alves, supostamente motivados por delação sobre pontos de venda de drogas.
Segundo informações da polícia, a investigação sugere que uma facção criminosa teria dado uma ordem para a execução da vítima, mas o plano não foi realizado porque um membro não identificado da facção chegou e interrompeu a sessão de tortura.
Joelma Alves foi agredida com uma faca, teve parte do cabelo e das sobrancelhas raspados com uma lâmina, e foi forçada a confessar uma suposta delação feita a um policial militar. Durante esse episódio, a vítima foi informada de que seu companheiro, Rodrigo Brito da Costa, de 21 anos, também usuário de drogas, seria assassinado assim que fosse encontrado. Esse homicídio ocorreu quatro dias depois, em 8 de maio de 2024. O caso já foi resolvido pela Delegacia de Uruará, com um suspeito preso e sendo objeto de um novo inquérito policial.
De acordo com os fatos apurados, a vítima de tortura foi atingida por cinco disparos de arma de fogo no dia 5 de maio de 2024, na Avenida Tapajós, mas sobreviveu. Esse caso está sendo investigado em um inquérito policial ainda não concluído. Depois, Joelma recebeu assistência da Polícia Civil para deixar o município de Uruará, já que ela recusou explicitamente o abrigo oferecido pelo Estado. Atualmente, seu paradeiro é desconhecido.
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