Foi protocolado nessa quarta feira (7) uma indicação de autoria do vereador Roni Heck do MDB, o pedido e para que os profissionais da impressa, seja incluídos como grupo prioritário da vacinação contra covid19 em Altamira.
“O trabalho dos Jornalistas é essencial para a sociedade, garantindo o acesso à informação a todos os cidadãos, principalmente neste momento de pandemia em que estão na linha frente. Por isso protocolei essa indicação na Câmara de Altamira, para ser aprovada na próxima sessão, pedindo que esses profissionais sejam incluídos nos grupos prioritários da vacinação contra a covid 19, assegurando a prestação deste serviço e preservando sua saúde.” ressalta Roni Heck.
No dia que se comemora o dia do Jornalista, o sindicato dos Jornalistas do Estado do Pará publicou uma nota.
Segue Nota Abaixo:
Pará está entre os estados com mais mortes de jornalistas do Brasil
O Sindicato dos Jornalistas no Estado do Pará (Sinjor-PA) divulga estudo inédito sobre os óbitos de profissionais da imprensa causados pela covid-19. O Pará é um dos Estados com a maior quantidade de mortes de jornalistas de todo o Brasil. No total, 19 jornalistas morreram no Pará devido às complicações da doença causada pelo novo coronavírus, até o dia 30 de março de 2021. Nas primeiras colocações com a maior quantidade de óbitos estão o Pará, Amazonas e São Paulo. Os dados serão aprofundados na noite de hoje na live “Jornalismo na linha de frente da pandemia”, a partir das 20h, no canal do Sinjor Pará no Youtube.
O estudo “Relatório Covid-19 – Óbitos de Jornalistas Paraenses” do Sinjor-PA percebeu uma subnotificação de casos divulgados no primeiro “Dossiê Jornalistas Vitimados pela Covid-19”, divulgado pela Fenaj em fevereiro de 2021. A revisão de óbitos somada às novas mortes em fevereiro e março deste ano elevaram o Pará ao topo desta triste estatística. Após os três primeiros colocados (Pará, São Paulo e Amazonas) estão o Rio de Janeiro com 15 falecimentos e o Paraná com 13 mortes.
“Pela primeira vez divulgamos esse estudo com dados locais que demonstra a importância de incluir os jornalistas entre as categorias prioritárias para vacinação. Os jornalistas continuam se arriscando cotidianamente para levar informações de qualidade e corretas para a sociedade, principalmente as notícias relacionadas a pandemia de covid-19. Continuaremos com esse trabalho de mapeamento, análise e divulgação dos casos entre os jornalistas”, destacou o presidente do Sinjor-PA, Vito Gemaque.
O Brasil amarga ser o país com a maior quantidade de jornalistas mortos por covid-19 do mundo com 169 vítimas. Na América Latina, nosso País superou o Peru, que registra 140 mortes, segundo dados da Press Emblem Campaign. De acordo com a Fenaj, o ano de 2020 registrou a média de 8,5 mortes por mês; em 2021, no primeiro trimestre, atingiu-se a marca de 28,6 mortes, praticamente uma por dia.
Proporcionalmente, o número de óbitos no Pará e no Amazonas são mais alarmantes, já que os Estados possuem menos jornalistas no mercado do que São Paulo, Rio de Janeiro e Paraná. Ou seja, a pandemia foi mais letal no Pará e no Amazonas. A Amazônia Legal somou 61 óbitos até o momento, o que representou 36,09% do total brasileiro.
A região amazônica pode ter ainda mortes subnotificadas devido à grande extensão territorial dos Estados e a precarização do trabalho no interior. Por ordem, os Estados com falecimentos foram Amazonas (19), Pará (19), Mato Grosso (7), Rondônia (6), Maranhão (4), Tocantins (3) e Roraima (3). No Estado do Acre, nenhum óbito foi registrado, segundo a Fenaj.
ÓBITOS EXPLODEM EM MARÇO
O acompanhamento da pandemia, ao longo do ano, mostra que março de 2021, foi o período mais letal entre os jornalistas no Pará e no Brasil. Apenas o mês de março de 2021 superou todo o ano 2020 em números absolutos de óbitos de jornalistas. Em 2021, começamos a verificar uma escalada crescente dos óbitos. Janeiro teve 1 óbito; em fevereiro subiram para 3 vítimas; e março fechou com preocupantes 8 óbitos. Ou seja, de fevereiro para março a quantidade de óbitos de jornalistas quase triplicou.
Outro dado relevante do estudo, o recorte referente a faixa etária de óbitos jornalistas paraenses mostra que 73,7% encontram-se nas idades de pessoas economicamente ativos, considerada até os 65 anos. No total, foram 14 jornalistas óbitos nesta faixa etária, desta forma a maioria das mortes no Pará foram de pessoas que ainda estavam no mercado de trabalho e podem ter se contaminado no exercício de suas funções.
O levantamento inédito do Sinjor-PA demonstra a importância de incluir os jornalistas entre os grupos prioritários de vacinação. Os profissionais da imprensa, considerada atividade essencial, continuam se arriscando durante a pandemia de covid-19 para realizar coberturas e levar informações confiáveis à sociedade.
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