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Jovem brasileira faz denuncia de abuso sexual contra padrasto na Europa, é levada a abrigo, e pai tenta repatriá-la para o Brasil

A adolescente morava com a mãe e o padrasto, suspeito das agressões que ocorreram dentro de casa, segundo investigação que ocorre em sigilo. Jovem havia relatado situação na escola e autoridades foram acionadas

15/04/2025 09h17 Atualizada há 4 dias
Por: Eduardo Veiga
Foto: Reprodução/Google Street View.
Foto: Reprodução/Google Street View.

Um pai brasileiro tem enfrentado meses de luta para repatriar sua filha de 14 anos. Segundo relatos, a adolescente denunciou na escola ter sido vítima de abuso sexual, o que levou as autoridades espanholas a acionarem um abrigo onde ela se encontra atualmente. A jovem está na Espanha desde 2019.

De acordo com a denúncia, o principal suspeito do abuso é o padrasto da menina, de 49 anos. Além disso, a mãe da adolescente também está sendo investigada pelas autoridades espanholas. Em 23 de janeiro de 2025, o Departamento de Bem-Estar Social do Conselho de Mallorca (IMAS) emitiu uma resolução de tutela urgente, determinando que a adolescente fosse levada para o Centro de Primera Acogida y Urgencias Tramuntana, acompanhada de policiais.

Esse centro em Mallorca oferece residência temporária para adolescentes de 13 a 17 anos em situação de vulnerabilidade, atendendo às necessidades emocionais, sociais, educacionais e de saúde desses jovens. O pai, que é natural do Pará, assim como a filha, a mãe e o padrasto, havia autorizado a mudança da filha para a Espanha aos oito anos de idade, em busca de uma vida e estudos melhores. Com o tempo, ele afirma que observou grandes mudanças no comportamento da adolescente.

O pai relata que, após insistir por cerca de 10 dias para obter notícias da filha, a mãe revelou que as autoridades locais a haviam levado para um abrigo. No entanto, segundo ele, ela não mencionou os detalhes da denúncia presentes no documento emitido pelo IMAS, alegando que a menina tinha problemas psicológicos e havia inventado as acusações contra o padrasto.

Em fevereiro, o pai conseguiu estabelecer contato com a filha, podendo falar com ela três vezes por semana. Para avançar nos trâmites legais e na repatriação, ele teve que contratar uma advogada na Espanha. Ele também enfrenta um prazo limitado de dois meses para interpor recurso e comprovar ser o pai da adolescente, com o objetivo de obter sua guarda novamente. Entre burocracias e altos custos, o pai destaca a dificuldade de conseguir apoio eficaz dos órgãos competentes.

O Consulado-Geral do Brasil em Barcelona, ligado ao Ministério das Relações Exteriores (MRE), informa que está acompanhando o caso, prestando assistência consular e orientações ao pai. Contudo, o MRE esclarece que não divulga informações detalhadas sobre casos individuais envolvendo cidadãos brasileiros.

 

Informações: g1 Pará.

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