Após quatro dias de combates intensos, as chamas que consumiram a Ilha do Arapujá, em Altamira, no sudoeste do Pará, foram finalmente controladas. Restam apenas focos menores, que estão sendo monitorados por equipes no local para evitar que se espalhem. A operação contou com a mobilização de cerca de cinquenta militares de diversos órgãos de segurança, incluindo o 9º Grupamento de Bombeiros Militar (GBM), o Exército Brasileiro e a Força Nacional, com a participação de homens e mulheres de diferentes estados.
A Ilha do Arapujá, situada em frente à cidade de Altamira, enfrentou uma devastação significativa tanto durante o dia quanto à noite. Grandes pontos vermelhos e nuvens de fumaça eram visíveis da orla, especialmente à noite, quando as chamas se alastravam. Estima-se que mais de 25% da área da ilha tenha sido consumida pelo incêndio. A prefeitura disponibilizou maquinários para auxiliar as equipes, além de uma balsa que faz a travessia de Altamira a Gleba Assurini, facilitando o transporte de veículos e militares.
Com a intensidade das chamas, muitos animais que habitavam a ilha morreram, e outros ficaram feridos. A floresta também sofreu com os impactos da queimada, enquanto a fumaça densa cobriu a cidade. A Operação Fênix, que incluiu equipes da Bahia e do Piauí, trabalhou para conter o avanço das chamas. Até o momento, não há informações confirmadas sobre a causa do incêndio, e investigações continuam para determinar se houve ação criminosa.
A situação é ainda mais alarmante em um contexto de severa estiagem que afeta a região. Altamira enfrenta uma crise que impacta os rios, a floresta e a navegação local.
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