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Acusados de colocar bomba perto do aeroporto de Brasília são condenados em 2ª instância

George Washington e Alan Diego seguem cumprindo penas em regime fechado. Armas de George Washington, que tinha registro de CAC, devem ser entregues à União.

04/10/2023 às 17h07
Por: Redação Xingu230 Fonte: G1
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Acusados de colocar bomba perto do aeroporto de Brasília são condenados em 2ª instância

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) condenou, em 2ª instância, os dois acusados de armar uma bomba na entrada do Aeroporto de Brasília, no dia 24 de dezembro do ano passado.

O acórdão do julgamento com as condenações foi publicado nesta terça-feira (3). George Washington de Oliveira Sousa e Alan Diego dos Santos Rodrigues – que estão presos – vão cumprir as penas em regime fechado. Além disso, as armas de George Washington, que tinha registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), deverão ser entregues à União.

A decisão também traz alterações nas penas em relação ao julgamento em 1ª instância, em maio deste ano. Veja as mudanças:

  • George Washington de Oliveira Sousa: 9 anos e 8 meses de reclusão, mais 55 dias-multa, em regime inicial fechado (antes, ele havia sido condenado a 9 anos e 4 meses de reclusão);
  • Alan Diego dos Santos Rodrigues: 5 anos de reclusão, mais 17 dias-multa em regime inicial fechado (antes, ele havia sido condenado a 5 anos e 4 meses de reclusão).

George Whashington e Alan Diego prestaram depoimento à CPI dos Atos Antidemocráticos, na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) , que investiga o vandalismo em Brasília após as eleições de 2022.

George Washington, de 54 anos, foi preso em dezembro do ano passado, em um apartamento alugado no Sudoeste, em Brasília. No local, policiais encontraram um arsenal com fuzil, espingardas, revólveres, munição e outros artefatos explosivos.

Segundo a Polícia Civil, ele tinha registro como Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC), mas o documento estava em situação irregular. Portanto, não poderia estar com o material.

A defesa de George Washington chegou a pedir a restituição das armas do acusado, alegando que todas haviam sido adquiridas "com autorização do Estado brasileiro, em obediência à legislação de controle de armas". De acordo com o TJDFT, porém, o fato de a aquisição originária das armas e munições ser lícita, "não afasta a ilicitude posterior de seu uso e porte".

"As armas e munições apreendidas constituem instrumentos dos crimes, razão pela qual sendo seu uso e porte condutas ilícitas, a condenação por esses crimes acarreta a perda do armamento em favor da União", decidiu a Corte.

Relembre o caso

De acordo com a Polícia Civil do DF, que conduziu a investigação, George Washington de Oliveira Sousa veio do Pará para Brasília participar de manifestações em apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Ele foi preso ainda em 24 de dezembro, dia da tentativa de explosão de uma bomba nos arredores do Aeroporto de Brasília.

O homem foi localizado e preso em um apartamento no Sudoeste, na região central do Distrito Federal, e confessou que tinha intenção de explodir o artefato no aeroporto. De acordo com a polícia, depois de montá-lo, o suspeito entregou o objeto para uma outra pessoa que ficou responsável por levar o dispositivo até o aeroporto.

Alan Diego dos Santos Rodrigues, o outro condenado, confessou à Polícia Civil, no dia 19 de janeiro, que recebeu a bomba implantada em um veículo, perto do aeroporto, no acampamento bolsonarista em frente ao Quartel-General do Exército.

A investigação apontou que o plano foi feito no acampamento montado em frente ao Quartel-General do Exército, em Brasília, por onde passaram bolsonaristas radicais com ideias golpistas. A ideia inicial dos criminosos era que o explosivo fosse colocado próximo a um poste para prejudicar a distribuição de energia elétrica na capital.

De última hora, a decisão mudou, e o objeto foi colocado no caminhão de combustível, carregado de querosene de aviação. O motorista do caminhão percebeu que havia um "objeto estranho" no caminhão e chamou a Polícia Militar.

A PM detonou o explosivo. O caso não impactou as operações no aeroporto.

Texto: G1

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